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Lavoura Ilustrada: Referência Semiológica

Alfredo Volpi é a principal referência na construção da Lavoura Ilustrada; um Ateliê Cognitivo, que aprende e ensina percepção visual das coisas e do ambiente, juntamente com o aprimoramento das técnicas de desenhos.

Começando pelos povos originários do Brasil buscamos referências representativas dos principais movimentos artísticos registrados na História da Humanidade. O que chamaremos aqui de Arte Tupi incorpora a geometria de forma única, se repete em cestarias, construções e utensílios. Quase tudo é permitido com algum propósito artístico.

Aos depararmos com a arte extrapolando o indivíduo e sendo aplicadas nas cestarias, ferramentas e em grandes murais, voltamos ao princípio de tudo, há 45 mil anos, com as pinturas rupestres. Que logo passam a ser baixos relevos. Durante toda a Antiguidade Pintura e Escultura eram uma coisa só e estavam por todo lado, nas vestes, na pele e nas paredes.

O refinamento de tintas e ferramentas estabelecem novos suportes para a Arte; o academicismo pressupõem suporte no mármore (esculturas) a no algodão. A abstração é completamente descartada, e o realismo é explorado ao extremo. Quando o cristianismo se consolida na Europa os monges passam a reler suas milenares bibliotecas e transformar suas iluminuras em Arte Sacra. Bem como as questões divinas se tornam mais terrenas a representação desses conceitos também buscam renascer.

Em meio ao escuro período de fanatismo religioso europeu, a Arte busca a Luz. Ninguém vai entender a Luz como Rembrandt. O mundo ficou enlouquecido, o Brasil importou muito pintores para nos ensinar conceitos básicos que chamamos de Arte Clássica. Debret vem de fora, mas o Brasil faz ainda melhor apresenta ao mundo Benedito Calixto, Victor Meirelles, José Ferraz de Almeida e Mestre Ataíde.

Não compete ao sábio povo brasileiro se satisfazer com cópias, e logo no começo do século XX ensinamos ao mundo o que é Arte: Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Portinari e do nosso principal mestre inspirador: Alfredo Volpi; sincretizam a ciência acadêmica com a emoção e geometrização Tupi.

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