Todos os desenhos, imagens e ilustrações utilizadas no nosso sítio virtual são criações originais, releituras e estudos de João Marquezini. Foram criadas entre 2004 até o início de 2023. A maioria são sobre papel, com uso de lápis e tintas, mas há cada vez mais trabalhos virtuais.
Vamos começar com os ornamentos criados para nosso sítio eletrônico. Seu aspecto rústico reforça a ideia de desenhos manuais, buscando se distanciar da realidade e exaltar o trabalho humano. São sementes, ramos e folhas de café, um ícone do desenvolvimento paulista, sustento da família dos imigrantes e sucesso nos mercados internacionais.
suporte heráldico paulista 
versão de ramo como símbolo do ciclo da vida 
suporte heráldico inspirado na tradição russa 
versão de ramo como símbolo do ciclo da vida 
versão de ramo como símbolo do ciclo da vida 
flor de café e folhas 
sementes de café, ou grãos 
café em cereja 
versão da folha de café café em cereja 
releitura do “café do Brasil” 
versão de flor de café 
versão de fruto de café 
versão de fruto de café
Nossa organização explora a comunicação visual, especialmente por meio do desenho e para exaltar nossa cultura caipira. Um dos estudos que melhor manifesta esse serviço é um conjunto de ilustrações sobre carro-de-bois, realizadas entre 2021 e 2022; no nosso sítio eletrônico selecionamos 3 desenhos de estilos, propostas e materiais completamente diferentes, embora de mesmo tema.
Ilustrando os serviços “arte” só poderia ser “o imigrante” de 2021. Foi criado a partir de aquarela, lápis de cor e tinta, no tamanho A3; atualmente o original pertence a uma coleção particular na Irlanda. O boi, com seu chifre, com força e tranquilidade, rompe o véu da realidade, nos permitindo a expandir nossa percepção dos símbolos presentes. A motivação se dirige para o passado, deixando para nós, aqui no presente, uma vivida floresta de bananas, algodão e terra fértil. Homem e animal se esforçam como uma coisa só, como já cantava os antigos:
(…)
(…)
Engoli muita poeira em cima de um arreio
Esperando a recompensa que até agora não veio
Boiadeiro e boiada são dois filhos de ninguém
Nas mãos de um senhor malvado boiadeiro é boi também
Vai boiada deixando poeira pra traz
Eu vou com você boiada eu vou e não volto mais
(…)
gravado por Tião Carreiro e Paraíso em 1980.
Ilustrando os serviços “cultura” atualmente é um trabalho por ferramentas digitais realizado a princípio para a Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo em 2022, porém acabou não sendo utilizada até a escrituração deste estudo artístico. Aqui se mantém o afastamento da cópia da realidade, porém como uma proposta de preservar detalhes sobre o funcionamento prático dos aradas por tração animal, não foram alteradas linhas, formas e cores que formam a cena real. Assim o observador percebe as cordas, o carro, canga, cangaias, arado, boi e agricultor se tornam uma coisa só. Também percebe que boi e homem trabalham com tranquilidade e determinação.
Ilustrando os serviços “história” somos obrigados a usar os “plantadores de Ytapyrá”, criado sobre papel, A3, e caneta marrom em 2021. A obra foi construída a partir de metodologias medievais que buscam simplificar a realidade para ensinar o observador. A infantilidade, aparente aos olhos leigos, é o resultado de milênios de estudos artísticos, desenvolvimento tecnológico e expressão da evolução didática. Nas cavernas de Lascaux, França, descansa há 40.000 mil anos a pintura de um bisão, a abstração é proposital, pois o relevo é real; de forma que os guerreiros em treinamento possam “sentir” os músculos do animal a ser abatido para sua alimentação e da sua família.
Encerrando essa primeira seleção selecionamos um dos “peixe bravo” do João. Este um estudo com ferramentas digitais em 2022. Até os anos noventa os grêmios atléticos eram muito atuantes por serem organização de prática democrática intrínseca. À medida que os esporte vão se profissionalizando e o mercado se consolidando e as cidades crescendo muito, essas organizações coletivas ficam mais raras bem como a estética “agressiva”. Os estudos “peixe bravo” exploram essa estética que ainda se mantém viva pelos canarinhos mascotes das seleções brasileiras de futebol, masculina e feminina; desejando ser um mascote para o povo de Itapira.
